A MINHA BIOGRAFIA
segunda-feira, 16 de julho de 2018
quarta-feira, 14 de junho de 2017
PORFIRIO RADIOAMADOR
Inspirado na novela
Rosa Baiana que estreou nos anos 79,80, adquirir o meu primeiro radio
transceptor, na novela tinha um casal protagonista que se comunicava através de
um radioamador. Até então eu não diferenciava o que era radioamador e rádio
cidadão,
O rádio que comprei foi
um moto radio com 23 canais somente em AM, comecei a falar sem saber o que
precisava para tal, o referido radio tinha uma antena direcional e logo fui
contestado por um cidadão que se identificou como PX6B0345 Costa, o qual
procurou pelo meu prefixo e eu ignorei, pois não conhecia regras para ser um px
e nem mesmo um radioamador.
Identifiquei-me para aquele tal de Costa e
descobrimos que éramos colega de trabalho. Aí ganhei um amigo e professor de
radioamadorismo, logo me orientou o que fazer para tirar o meu indicativo Me
deu uma apostila para eu estudar legislação e código Q além de um formulário
para preencher com os meus dados e mandar para o dentel para receber o
indicativo. O meu primeiro indicativo de chamada foi PX6B0574, logo comprei
outro radio SSB que o que eu tinha era apenas AM comecei a fazer muitos qsos
com muitos Estados do Brasil e os países de língua latina, ajudei muita gente
com problemas nas estradas e até encontrar parentes em outros Estados
Além do Costa tinha em
N.Sra da Glória o Rivaldo que também era px e radioamador, mas deste não lembro
mais o indicativo, sei que era classe C e Costa era classe A. Logo veio o
Antônio um técnico de radio e televisão que conheci também ao chegar a Glória o
indicativo dele era bem próximo do meu, era: PX6B0594 e apareceu depois o Abel
o PX6B0595 e logo desanimou e abandonou. O Costa não perdeu tempo para nos
incentivar para o ingresso no radioamadorismo com suas aulas de legislação,
telegrafia e eletricidade, em 1981 eu e Antonio fizemos exames para a classe C fizemos
a prova no mesmo dia e os nossos indicativos foram: Antonio PP6ADR e eu PP6ADS passando
a conhecer outro mundo do radioamador que era muito diferente do faixa cidadão.
Com o incentivo do velho professor partir para prova da classe B e o António
sempre junto. Promovidos ele permaneceu com as letras, PP6ADR e eu mudei para
as iniciais do meu nome, PP6JPJ.
PP6AG Costa de Saudosa
memória, sempre nos incentivava para o radioamadorismo, nos incluiu nas rodadas
do AM que tinham naquela época, eu com um radio Delta 310 emprestado por ele, e
prezava pela ética e os bons costumes do radioamadorismo, eu e Antonio sempre
fazíamos parte dos QAPs com o Costa, Solon PY6IN de saudosa memória, o Arlindo
PY7EB de Garanhuns Pernambuco, este ainda está conosco e ainda fazemos bons QSOs, tinha o Jorge Leão Brasil PP6JB que tambem fazia parte daquele grupo de amigos que ainda hoje presamos. Eu tive no decorrer dos anos oitenta bons
professores de radioamadorismo e é por isso que ainda hoje eu sou exigente na faixa,
porque aprendi fazer radio com sinceridade. Nunca gostei de balaio nem mesmo no
PX, O Costa foi para o Oriente Eterno e o Antonio ficou como o meu conselheiro,
não posso falar de radioamador e esquecer a memória do Costa e do Solon; hoje,
não posso separar a minha vida de radioamador e a do Antonio PP6ADR, tenho muitos
amigos sinceros no radioamadorismo, mais a minha amizade e do Antonio posso
dizer que é pai e filho, irmão para irmão.
Em Aracaju eu fiz muita
amizade no radioamadorismo, participei de grupos e rodadas como: Grupo Apolo de
Radio Emissão, PX Clube de Sergipe; LABRE/SE, Grupo de VHF de Sergipe e QAP
Sergipano. Fui Comissário de Menor, Coordenador de Grupos de Operadores de
Radio ligados ao Juizado de Menores de Sergipe.
Fui Coordenador do QAP
Sergipano durante alguns anos juntamente com o saudoso Luiz Carlos PP6ADT, O
Floriano PP6FJP; Zé das Palmeiras PP7ZE; e Geraldo Pina PP6GP; Joãozinho do Coite PY6JSM, PP6AJM Mesquita, PP6AJ O Velho Duda, como o trato carinhosamente. posso dizer que
fiz muitas amizades pelas freqüências que passei, tive alguns desafetos é
claro, neste nosso Brasil quem defende a moral e a ética, logo é odiado e muitas
vezes tirado de circulação.
Eu sempre fui um
radioamador que guardava os ensinamentos éticos que aprendi, nunca aprovei PX e
até mesmo radioamador baleeiros e nem pornográficos, sempre defendi a
legislação,sempre exigindo a identificação do radioamador no inicio de sua
chamada.
Não aprovo uma chamada
de Boa noite, bom dia ou boa tarde sem identificação, dou plena importância a
legislação e a ética do radioamadorismo e do cidadão. Identificar uma estação com “BOM TARDE, BOM DIA,” ESTOU CHEGANDO
AÍ?
OPORTUNIDADE, etc. não são formas aceitáveis de
identificação. Sempre provocam um retorno inútil de câmbio, que poderia ser evitado,
por exemplo: BOM DIA DE QUEM, QUEM CHAMOU OPORTUNIDADE PARA QUEM? E por aí
afora.
O Radioamador é o serviço de
telecomunicações de interesse restrito, destinado ao treinamento próprio,
intercomunicação e investigações técnicas, levadas a efeito por amadores,
devidamente autorizados, interessados na radiotécnica unicamente a título
pessoal e que não visem qualquer objetivo pecuniário ou comercial.
Por estas e outras razões eu não aprovo pessoas que se dizem
radioamadores que formam QAP ou fazem dos repetidores, Links e conferencias
para comprar e vender produtos de qualquer natureza.
Radioamador ou radioamadora é a pessoa habilitada pelo governo para
operar uma estação de radiocomunicações amadora no Brasil. Esta atividade está
regulamentada pela Resolução n° 449, de 17 de novembro de 2006 da Agência Nacional de
Telecomunicações, órgão responsável
pela regulação do serviço de telecomunicações no Brasil.
Radioamador é a pessoa devidamente habilitada pelos
órgãos competentes a operar uma estação radioamadora, nas frequências
organizadas mundialmente pela UIT (União Internacional de Telecomunicações). Em
tais frequências não é permitida a operação para fins comerciais ou desviada
para qualquer outra finalidade.
Além do papel tecnológico, o radioamador também desempenha uma função
social. São muitos os relatos de pessoas ajudadas durante tragédias naturais, sequestros
e na localização de veículos roubados. Os radioamadores são verdadeiros
representantes de seu país, promovendo a imagem do mesmo lá fora. Para eles não
existem barreiras éticas, religiosas, etárias, ideológicas, ou de naturalidade.
Uma relação internacional de amizade e cordialidade é o lema do radioamador.
Muito mais que um simples rádio, você terá em sua casa um bom
amigo que é, na verdade, UMA PORTA QUE SE ABRE PARA O MUNDO!
Os princípios éticos são à base de um radioamadorismo sadio,
fraterno e construtivo e visam proporcionar a harmonia e o entusiasmo humano.
O Grupo de VHF de Sergipe
fui Sócio atuante juntamente com os radioamadores: Alfredo Gentil PP6AG; Dantas
PP6FM Helio Gordo PP6HG; (estes de saudosa memória), e Sergio Garcez PP6AN; Geraldo
Pina PP6GP; Marlucio PP6MA; Mesquita PP6AJM e muitos outros que abandonaram a
batuta do radioamador.
Durante o meu tempo de
radioamador ajudei muitas pessoas que de mim precisaram nas estradas com carro
enguiçado, atolado, quebrado etc. como também ajudando em resgates das pessoas
ilhadas por conta das grandes enchentes em Santa Catarina. Amo o
radioamadorismo, não só ajudei como também fui ajudado.
Em um belo dia 12 de
Outubro de 1994, eu estava no terminal de integração Barão Geraldo na Cidade
Universitária em Campinas São Paulo e como se tratava de um dia de feriado da
Padroeira do Brasil, os Ônibus demoravam a chegar, eu levava comigo um HT FT411,
logo procurei as freqüência e encontrei a 146910 e fiquei a solicitar, logo
apareceu uma voz que se identificava como PY2BBC Monteiro, me perguntou: o que
faz um Sergipano em pleno feriado no terminal Barão Geraldo?
Eu terminei a minha
identificação e marcamos para nos encontrarmos assim que eu dispusesse de uma
data e tempo para tal. Eu disse o que eu estava a fazer em Campinas e logo o
diálogo cresceu, mais o ônibus chegou e tive tomar aquele senão demorava outro
tanto para chegar outro. Assim que entrei no ônibus perdi logo o sinal. Depois
que cheguei ao destino conseguimos ainda nos falar, e comentei-lhe que, eu estava
no Centro de Investigações Hematogiacas Doutor Domingos Boldrini.
A minha passagem por
ali foi devido o meu filho mais novo ter sido acometido de Leucemia Mielóde
Aguda e me encaminharam de Sergipe sem hera nem beira, sem parente e nem
aderente.
Logo em uma segunda
feira posterior a nossa conversa, nos encontramos e o Monteiro se tornou um
irmão pra mim o qual me deu total apoio logístico enquanto por lá estivemos.
Encontrei nos
Campineiros,verdadeiros amor ao próximo, pessoas que nunca conheci logo apareciam
para nos ajudar e perguntar se estávamos precisando de algo.
Em Mairiporã eu já
conhecia o Prospite PY2KZK, que é um Sergipano que mora na região a mais de
quarenta anos e nos conhecemos através do radioamador, este me deu total apoio
quando da minha passagem por ali. Conheci o Luiz PU2KZW um radioamador que
também conheci em Mairiporã, nos falamos pouco, mais cheguei ir à casa dele, com o
Prospite. Conheci o Eduardo Castaldelle PU2YYP que nos falamos muito pouco mas
hoje na sala BRA tenho tido no Eduardo um amigo de verdade,um irmão. Meu
sistema operacional Echolink, o Eduardo tem acesso e controle total, não
precisa eu estar à frente do computador para ele acessar, ele tem a senha do
Teamviewer. e total liberdade para fazer o que ele achar que deve para melhorar
o sistema e o bom andamento da sala e do sistema.
Depois do advento do Echolink
fiquei muito tempo a corujar e até falar em algumas vezes, mais nunca fui muito
freqüentador até porque não comungo com a forma que alguns fazem radioamador. Palavras
de baixo calão e pornográficas foi o que
muito ouvi em algumas conferencias.
Tem sala que os
administradores parece que tem medo de ficar sem freqüências e não pune com
o mute e até mesmo com o banimento pessoas que não respeitam o outro, ninguém é
melhor que ninguém, mais nos nossos lares tem as nossas esposas, nossas filhas
e crianças que nos escutam e tem o desprazer de está ouvindo pessoas que se
dizem radioamador e ficam praticando tais atos.
Em 2016 logo no inicio
recebi um convite vindo do Eduardo PU2YYP para ficar com o meu link na sala BRA,
eu fiquei um pouco apreensivo mais ele me disse ,vai se tu gostar fica se não, ninguém
te prende.
Fiquei por lá alguns
dias e logo conheci o Julio PY2EQJ, pessoa que passei a admirar pelo seu
trabalho frente a conferencia. O Davi PU4YEN, que também despensa comentários.
O Gilmar PU7TGB, Ronaldo PU5CFC, depois veio o Valmir PU7VMV, Henrique PU2VGG
(PY2IKE) Silvio PU2WRS e o Julio II PY2IML, sem contar com muitos outros que
diariamente nos visitam. Como um dos que colaboram com a BRA, só tenho a
agradecer por estes amigos que sempre estão conosco. Tenho muito apreço e
admiração pelo Eduardo PU2YYP que diariamente estamos juntos juntamente com o
Julio no comando do BRA noticias com assuntos de radioamadores, e noticias que
circulam nos jornais do pais.
Ainda em outubro de 2016
recebi do Presidente da Labre de Sergipe o Sr Valfredo dos Santos PP6VS para
juntos organizar o Conselho Deliberativo e posteriormente a eleição da
diretoria daquela entidade. Escolhemos os Conselheiros e posteriormente fizemos
a eleição do Presidente e Vice Presidente do referido Conselho, eu fui
escolhido pelos meus pares como Presidente do Conselho Deliberativo e trabalhamos na organização da
eleição da diretoria administrativa da Labre/SE Elegemos o Presidente e Vice
Presidente que são os senhores José Ivan Gomes PP6II e o Senhor Fernando Barreto PP6FB, o primeiro
funcionário da Anatel e o outro comerciante bem conceituado em Aracaju capital
do Estado de Sergipe. Juntos, estamos trabalhando para o crescimento da Labre e
dos radioamadores Sergipanos.
Tive a honra de poder
participar como um dos colaboradores da BRA, no evento que foi organizado pela
equipe administrativa da Repetidora Princesinha da Sorocabana de São Manoel são
Paulo que tem como Presidente o senhor Silvio Mazetto PY2TGL alusivo ao mês das
telecomunicações.
Isto para mim foi de
grande valia, pois foi uma demonstração que o radioamadorismo ainda esta vivo e
organizado.
SALA BRA ONDE SE BATE PAPO COM ÉTICA E
EDUCAÇÃO
PARTICIPE E COMPROVE.
PP6JPJ José Porfirio de
Jesus radioamador Classe A, residente na área rural de Nossa Senhora da Glória
Sergipe 120 km de Aracaju Capital do Estado de Sergipe.
Isto é Radioamadorismo.
Isto é Radioamadorismo.
sábado, 13 de fevereiro de 2016
NOSSA SENHORA DA GLORIA
A CAPITAL DO SERTÃO 88 ANOS DE EMANCIPAÇÃO POLÍTICA
A Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, às fls.
382, de cujos dados se têm louvado instituições, professores e estudantes em
suas indagações sobre o nosso Município, assevera que “Dados mais positivos
sobre o primeiro aglomerado humano, deu início ao Povoado de Boca da Mata, não
foram localizados”.
Mesmo compêndio, às fls 310, de referência ao
Município de Gararu, afirma que a primeira ocupação desse território se deu por
colonos portugueses vindos de Porto da Folha, os quais se refugiaram na Serra
da Tabanga, apavorados pelo domínio holandês em Sergipe, iniciado em Março de
1637.
A ‘Boca da Mata’, como era conhecida a cidade de
Nossa Senhora da Glória, a 126 quilômetros da capital, originou-se de uma
parada para descanso de viajantes. Como existia uma densa mata naquele local os
boiadeiros, que passavam tangendo o gado, preferiam esperar o dia chegar para
continuar a viagem. Então, por volta de 1600 a1625, os ranchos deles acabaram
formando a povoação, As primeiras casas do lugarejo foram a da Fazenda Boca da
Mata, de propriedade de Antônio de Souza Correia, atual Avenida 7 de Setembro;
a de Francisco Teles Trindade, conhecido por Xixiu, no lado direito do onde
veio a ser construída a Capela; e a casa de Antônio Pereira de Souza, a
primeira da Rua Velha, hoje Praça da Bandeira
A primeira denominação, dada justamente pelos
viajantes, só foi mudada pelo pároco Francisco Gonçalves Lima, quando fez
campanha com a comunidade para comprar a imagem de Nossa Senhora da Glória. O
município que ficou conhecido como a “Capital do Sertão”, tem a maior feira da
região e acabou atingindo um desenvolvimento maior que Gararu sua antiga sede.
A evolução política de Boca da Mata iniciou-se em
1922, quando a povoação passou a ser sede do 2º Distrito de paz de Gararu, já
com a denominação de Nossa Senhora da Glória.
- Pela Lei Estadual nº 1014, de 26 de setembro de 1928, foi criado o Município de Nossa Senhora da Glória, com sede na Vila do mesmo nome, ficando, desse modo, emancipado do Município de Gararu;
No dia 1º de janeiro de 1929, a vila teve como
primeiro intendente João Francisco de Souza, que construiu a prefeitura, ele
foi eleito para o período de 1930 a 1934, mas teve o mandato interrompido pelo
movimento de 1930.
Prolongadas secas afetou o desenvolvimento; além
das prolongadas estiagens ocorridas na região, Glória teve o progresso
prejudicado também pela invasão dos cangaceiros comandados por Lampião. Muitos
proprietários abandonaram as terras para se livrar dos saques dos bandidos, que
também praticavam crimes hediondos, chegando a chacinar famílias inteiras.
Os cangaceiros recebiam ajuda de habitantes
coiteiros que os ajudavam apenas com o interesse de comprar as terras
abandonadas por preços irrisórios. O desenvolvimento de Glória só teve
andamento com a construção da rodovia ligando o município a Nossa Senhora das
Dores.
Com isso houve a facilidade de penetração da
volante na região e a conseqüente debanda dos cangaceiros. A partir daí o
município voltou a crescer, tendo a economia baseada na criação de gado e nas
culturas agrícolas.
Finalmente, no dia 29 de março de 1938, a vila foi
elevada à categoria de cidade. Com a criação de novas comarcas, em 1945,Glória
passou a pertencer judicialmente a Dores. Em 24 de julho de 1957 foi criada a
Comarca de Nossa Senhora da Glória.
O gloriense é um povo muito religioso, predominando
no município o catolicismo.
A Igreja Matriz, que passou a ser paróquia em 1959
e teve como primeiro pároco José Amaral de Oliveira, foi construída em um
terreno doado por Francisco Teles Trindade conhecido por Xixiu.
A RELIGIOSIDADE NA CULTURA GLORIENSE
O ser humano não é algo acabado, mas um ser em
processo. Quando se pensa a cultura, deve-se tomar como pressuposto a noção de
que o pensamento está intimamente comprometido com a realidade, uma vez
que o indivíduo não é furto da abstração, mas encontra-se
inserido no tempo. A compreensão do espaço cultural é fundamental para
que se compreenda a situação do homem e de seu próprio desenvolvimento
existencial (Freire, 1987).
Em suas relações com o mundo, os homens
manifestam-se como capacidade criativa, o que lhes permite uma transformação do
meio natural em seu benefício. O mundo, portanto, não é apenas um espaço físico
ao qual se acomodam, mas também um espaço cultural, objetivo de sua ação
transformadora.
O ser humano é, pois, um ser histórico capaz de
decidir, criar, transformar, produzir e comunicar. Assim, estabelece relação
com o mundo, cria, amplia espaços e permanece integrado à realidade e ao
ambiente concreto. Nessas relações, elaboraram costumes que correspondem a
valores e tendências comportamentais do momento histórico no qual se insere o
indivíduo e determinam sua identidade.
Durante o processo de desenvolvimento do Município
de Nossa Senhora da Glória, elaboraram-se, portanto, costumes e modos de
relação entre o homem gloriense e seu meio. Observando-se a historia do
Município, contata-se com facilidade que a religiosidade é algo marcante e
significativa para a cultura gloriense. De uma forma ou de outra, as pessoas do
lugar sempre se viram a titulo de manifestação religiosa, seja ela vinculada a
algum fato político ou social relevante, seja a alguma forma de festa ou
comemoração coletiva. Note-se que a origem do próprio nome do Município esta
ligada à participação de um religioso que, óbvio, sugeriu o nome de uma santa
da igreja católica e mobilizou a comunidade para que a aquisição da imagem
fosse feita. Até mesmo a instalação da agencia dos correios, em 1924, teve
“intervenção” religiosa, uma vez que a atuação do Bispo de Aracaju na época foi
essencial para levar a efeito desse projeto. E, inclusive, nos dias atuais, nas
manifestações culturais para relevantes para as pessoas do lugar, apesar da
forte influencia hedonista da cultura carnavalesca baiana, predominam ainda
aquelas de motivo religioso, como e a Festa da Padroeira.
A primeira, tradição histórica do Município, que
representa um momento único de integração entre as comunidades rural e urbana,
realizou-se pela primeira vez em 06 de janeiro de 1904, no então povoado de
“Boca da Mata”. Há cerca de vinte anos, essa festa contagiava e mobilizava toda
a localidade, que aguardava ansiosa pelo momento suas roupas novas, compradas
exclusivamente para a ocasião. Todos se preparavam quase que ritualisticamente
para os festejos de Reis. Na semana anterior a festa, quando chegava o parque
já mudava a rotina de vida das crianças do Município inteiro. Além dos parques
de diversão havia bailes na AABB e na Associação Glória Esporte Clube, feira de
comidas típicas, apresentação do grupo de Reisado, quermesses. Atualmente,
reflexo do processo de globalização, as festas de rua movidas a trio elétrico e
bandas de axé e forró eletrônico, ganharam espaço, e, embora pareçam
ostensivamente brilhar mais, ainda não sufocaram a beleza e o encanto das
manifestações mais pitorescas da cultura popular da localidade.
A segunda, outra festividade religiosa histórica do
Município de grande significado para o gloriense, comemora a vinda da imagem de
Nossa Senhora da Glória para o então povoado de “Boca da Mata”, em 15 de agosto
1906. Desde essa época, anualmente, durante a primeira quinzena de agosto,
começam as atividades religiosas, que continuam até o dia 15. Na véspera, toda
a comunidade católica se mobiliza para participar da tradicional Procissão dos
Motoristas. No dia da festa às cinco horas da manhã, acontece a Alvorada
Festiva, logo depois, a Missa Solene. Um costume que já se tornou tradicional é
a eleição da Rainha da festa, selecionada mediante os resultados de uma
campanha de arrecadação de donativos à paróquia, que ocorre ao longo do mês de
agosto. No dia 15, à tarde, eleita a Rainha da festa todos saem acompanhando o
andor com a imagem de Nossa Senhora da Glória numa gigantesca procissão pelas
principais ruas da cidade. O ponto alto da festa é também a Queima de Fogos que
ocorre à noite, após a missa na Praça da Matriz.
Estas duas festas são, sem duvidas, as
manifestações da cultura gloriense mais significativas para as pessoas do lugar
e ganham, no imaginário popular, vigor para se manterem constantes mesmo
tímidas, diante de toda influência cultural de regiões hegemônicas como a
Bahia, com seu processo de carnavalização que tomou conta do Nordeste. Ambas
refletem a condição de fé do povo gloriense, um povo que constrói sua
existência através da crença divina na superação dos obstáculos interposto pela
realidade. A persistência de ambas traduz a índole de determinação desse povo
na conquista de seu espaço e na expressão de sua identidade no Sertão
Sergipano.
Jorge Henrique Vieira Santos Poeta e Professor
segunda-feira, 17 de agosto de 2015
Igreja Luterana do Brasil
Quem somos
A Igreja Evangélica Luterana do
Brasil (IELB) iniciou seus trabalhos no Brasil no ano de 1900, com a
vinda ao Brasil do pastor Christian J. Broders, um missionário da
Igreja Luterana – Sínodo de Missouri, enviado dos Estados Unidos para
atender um pedido de luteranos que haviam vindo da Alemanha e estavam
sem atendimento espiritual. No dia 1º de julho de 1900 foi fundada a
primeira congregação da IELB, a Comunidade Evangélica Luterana São João,
no atual município de Morro Redondo, RS.
A
partir do sul do Brasil e reunindo inicialmente os alemães luteranos
que aqui viviam, a IELB espalhou-se por todo o Brasil, chegando a todos
os estados brasileiros. O lema permanente da IELB, que revela o que ela
quer ser e fazer como um instrumento de Deus é “CRISTO PARA TODOS”. A
partir deste lema, a Igreja definiu suas declarações de direção:
- Nossa missão: Proclamar Cristo para todos.
- Nosso propósito: Compartilhar o Evangelho de Cristo para promover a evangelização e o crescimento espiritual.
- Nossos valores: A ação e o amor de Deus através da sua Palavra e dos sacramentos do Batismo e da Santa Ceia, que trazem perdão, vida e salvação, em Cristo.
- Nossa visão: Sermos uma Igreja Luterana confessional que vai ao encontro das necessidades das pessoas.
Esta
é a nossa IELB, que tem uma história de bênçãos, de muitas bênçãos
recebidas de Deus, e que continua presente no Brasil e no mundo para ser
um canal e um instrumento para repartir estas bênçãos com as pessoas.
No testemunho, no ensino, na ação social, na comunhão e na adoração, a
Igreja aponta para o Salvador Jesus, cumprindo sua missão de proclamar
CRISTO PARA TODOS.
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